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Vazio Sanitário: medida eficaz contra a Ferrugem Asiática

Atualizado: 26 de jul. de 2023


Dentre as principais causas de diminuição da produtividade, causando prejuízos severos à lavoura da soja está a Ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. A doença, que é originária no Japão, se mostrou extremamente agressiva no Brasil e isso se deve principalmente ao clima favorável encontrado pelo fungo em nosso país, conseguindo se desenvolver plenamente. A ferrugem asiática da soja provoca a desfolha precoce da planta impedindo a completa formação dos grãos, ocasionando redução significativa na produtividade.


Constatada pela primeira vez no país em 2001, na safra 2005/06 causou uma perda de aproximadamente 2,9 milhões de toneladas de grãos e um gasto com o controle fitossanitário de aproximadamente US$ 1,42 bilhões, conforme levantamento do Consórcio Antiferrugem (CAF – parceria público-privada coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e que faz parte do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, criada com o objetivo de combater a ferrugem asiática da soja).


Dentro deste cenário, foi publicada e estabelecida em 2007, a Instrução Normativa nº 2, de 29 de janeiro de 2007, que instituiu o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) através das instâncias intermediárias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) visando o fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja, unindo ações estratégicas de defesa sanitária com o suporte da pesquisa e da assistência técnica na prevenção e controle da doença.** **Entre as ações instituídas nos Estados produtores de soja está o “vazio sanitário”.


Mas o que é Vazio Sanitário?

Entende-se por vazio sanitário o período de ausência total de plantas vivas de soja, excluindo-se as áreas de pesquisa científica e de produção de semente genética, devidamente monitorada e controlada. Durante o vazio sanitário, se proíbe o plantio de soja em um período da entressafra que varia de 60 a 90 dias, além disso, todas as plantas de soja existentes na propriedade devem ser erradicadas, por meio de produtos químicos ou equipamentos.


O vazio sanitário é adotado no Brasil todo?

A medida é adotada em 12 estados e no Distrito Federal e tem-se revelado uma ação de grande importância no combate à ferrugem asiática. Em regiões onde foram registrados níveis epidêmicos da doença, os danos chegam até 90% da produção da soja.

O calendário do vazio sanitário varia entre os estados. Os primeiros a adotarem o vazio sanitário são Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, de 15 de junho a 15 de setembro. Em Goiás e no Distrito Federal, o vazio sanitário ocorre de 01 de julho a 30 de setembro.


E se eu não adotar o vazio sanitário? O que pode acontecer?

O não cumprimento do vazio sanitário causa a antecipação do surgimento da ferrugem nas áreas cultivadas, elevação no número de aplicação de fungicidas para o manejo da doença, elevação dos custos de produção e redução da produtividade. Isso não ocorre somente na propriedade que não adotou o vazio sanitário, pois o fungo se dissemina a longas distâncias pelo vento, não respeitando os limites da propriedade, município ou estado, afetando toda a região produtora de soja.


monitoramento da lavoura desde o início do desenvolvimento da soja é muito importante para que o produtor possa iniciar o controle químico com fungicidas logo após o aparecimento dos primeiros sintomas ou preventivamente. O controle preventivo deve levar em conta os fatores necessários à ocorrência da ferrugem (presença do fungo na região, idade da planta e condição climática favorável), a logística de aplicação (disponibilidade de equipamentos e tamanho da propriedade), a presença de outras doenças e o custo do controle.


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